Mergulho na Praia do Tofo – Moçambique

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Crédito: Jon Hanson

A querida mergulhadora Margareth Cunha nos permitiu publicar seu relato sobre como foi mergulhar na praia do Tofo, em Moçambique. Ela dá dicas muito interessantes de como ir sem operadora de turismo, estadia e operadoras de mergulho.

Minha ideia era ver o tubarão branco na África e cruzar pra o Índico em Moçambique. Fiquei cinco dias na praia do Tofo, fiz dez mergulhos e vi dois tubarões-baleia e três raias manta. O mergulho é realmente incrível: água quente e visibilidade por volta dos 30m e muita, muita vida! Recomendo muito, mas vale alguns ajustes de perspectiva quanto à infraestrutura e conforto.

A infraestrutura local é extremamente simples, nada parecido com Caribe. A maioria das casas e acomodações são de palha sem televisão no quarto ou acesso a internet, nada de ar condicionado e tampouco lojinhas ou caixa 24 horas. As operações de mergulho tampouco possuem barcos a níveis internacionais: as saídas são realizadas por botes embarcados na praia, mas as distâncias são grandes então eles aceleram horrores e bate muiiiito!!! No primeiro dia pensei em desistir e voltar pra África do Sul onde a infra é muito melhor. Mas quando caí na água passou qualquer sensação de desconforto e eu só pensava que queria muito voltar nos dias seguintes nem que fosse a nado.

O povo é extremamente simpático e falam português. A comida é deliciosa e barata. A praia é linda e é bastante seguro.

Eu mesma planejei a viagem sem agencia de turismo e segue meu relato se te ajudar: Fiquei hospedada no Casaberry (www.casaberry.com) fica na praia e tem um escritório da operadora lá dentro: www.peri-peridivers.com.

Hospedagem por volta de US$ 90 a diária sem café da manhã e saída com dois mergulhos US$ 120. O restaurante é bom e aceita cartão de credito, você pode acertar tudo no final, o que é importante lá porque só tem caixa 24h em Inhabame.

Para te dar opções segue outra dica de hospedagem que também é do lado da operadora: www.albatrozlodge.com, não tenho ideia de preço, mas é um dos únicos lugares de alvenaria, o que achei que acaba sendo importante porque o lugar é área de alto risco de malária e apesar dos mosquiteiros e da boa vontade do pessoal do Casaberry em dedetizar todo dia eu fui picada pela fêmea do mosquito que transmite a doença. Felizmente passei o período de incubação sem problemas, mas é bom saber. Fica ao lado do Casaberry e tem piscina.

Indicaram-me outra operadora antes de sair www.tofoscuba.co.za mas vai outra dica: faça reservas com bastante antecedência. Pois mandei um e-mail pra eles e só me responderam uns seis dias depois quando já estava voltando. Ela fica mais longe do centrinho.

Outra dica importante: não tem como trocar dinheiro no aeroporto de Inhabame, então não deixe para adquirir Meticais lá. Dólar é bem aceito e pode ser uma opção.

O centro de pesquisa da Dra. Andrea Marshal fica no Casaberry e a noite tem palestras sobre mantas e tubarão-baleia.

As operadoras lá tem um esquema bem legal que é o ocean safari, nada mais que sair de bote pra procurar tubarão baleia e mantas que é uma ótima opção para o último dia – em que não dá pra mergulhar por causa dos voos do dia seguinte — já que se trata de snorkeling. Como os tubarões-baleia são muito doces e você nada junto com eles. É realmente incrível.


Todas as fotos são de autoria de Jon Hanson